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Artigo

Como resolver conflitos no Planning Poker quando o time não chega a um consenso

30 de agosto de 2025
Equipe Pontim
3 min de leitura

Em times ágeis, o Planning Poker é uma das técnicas mais utilizadas para gerar estimativas coletivas e fomentar discussões sobre complexidade. Porém, nem sempre o processo é simples: em muitas situações, o time não chega a um consenso. Isso pode gerar frustração, atrasar a cerimônia e até comprometer a confiança entre os membros. Como tech lead, PM ou PO, é fundamental saber intervir sem impor decisões, mantendo o espírito colaborativo do ágil.

Por que os conflitos acontecem?

Os conflitos geralmente surgem quando membros têm percepções diferentes sobre o esforço ou complexidade de uma tarefa. Enquanto alguns enxergam simplicidade, outros consideram riscos técnicos, dependências externas ou incertezas no requisito. Essas visões distintas não são um problema em si — pelo contrário, revelam pontos cegos que precisam ser discutidos.

Estratégias para conduzir a discussão

  • 📌 Dar voz aos extremos — peça para a pessoa que deu a menor e a maior estimativa explicarem seus pontos. Isso expõe argumentos técnicos e abre espaço para esclarecimentos.
  • 📌 Revisitar a descrição da tarefa — muitas vezes o problema está na falta de clareza do requisito. O PO pode detalhar melhor a história ou dividir em subtarefas.
  • 📌 Usar técnicas de facilitação — timeboxing (limitar o tempo de discussão) e round-robin (cada um fala rapidamente sua visão) ajudam a manter a objetividade.
  • 📌 Lembrar do propósito da estimativa — o objetivo não é ser 100% preciso, mas alinhar entendimento sobre esforço relativo e riscos.
  • 📌 Buscar convergência progressiva — se não houver consenso, proponha uma segunda rodada com foco nos novos argumentos. Em muitos casos, isso já basta para alinhar.

E quando o consenso não vem?

Mesmo após discussões, pode ser que o time não chegue a um número final. Nesses casos, o papel do tech lead ou PM é guiar para uma decisão pragmática, sem impor uma visão pessoal. Algumas opções incluem:

  • 👉 Escolher a estimativa mais alta para absorver riscos (prática comum quando há incerteza).
  • 👉 Criar uma spike (tarefa de investigação) para reduzir a incerteza e reestimar depois.
  • 👉 Usar a média ou mediana como estimativa temporária, ajustando conforme aprendizado durante o sprint.

O papel do líder na resolução

A postura do tech lead, PM ou PO deve ser de facilitador, não de juiz. A chave está em estimular a escuta ativa, garantir que todos tenham voz e manter o foco no objetivo do sprint. O que importa não é acertar o número exato, mas alinhar o time sobre o desafio e reduzir incertezas. Um líder que transforma conflitos em discussões produtivas fortalece a confiança e a maturidade ágil do time.

Em última análise, os conflitos no Planning Poker são oportunidades de aprendizado. Eles expõem percepções diferentes que, se bem mediadas, elevam a qualidade da entrega e a colaboração entre os membros.

Fontes e Referências

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