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Artigo

Casos reais de times com e sem uso de planning poker e story points

29 de agosto de 2025
Equipe Pontim
4 min de leitura

Para entender o real impacto do planning poker e story points, analisamos diversos times ao longo de 2 anos. Os resultados mostram diferenças significativas em previsibilidade, qualidade das entregas e satisfação da equipe.

Caso 1: Startup de Fintech - Antes e Depois

Uma startup de 12 desenvolvedores migrou de estimativas em horas para story points com planning poker após enfrentar constantes atrasos.

Situação anterior (estimativas em horas)

  • Apenas o tech lead fazia estimativas
  • Precisão média de 40% (entregas vs. estimado)
  • Sprints frequentemente estendidas ou com escopo reduzido
  • Desenvolvedores juniores se sentiam excluídos do processo
  • Muito foco em 'quanto tempo' ao invés de 'quão complexo'

Resultados após 6 meses com planning poker

  • Precisão média subiu para 78%
  • Redução de 60% em sprints estendidas
  • Maior engajamento de toda a equipe
  • Identificação precoce de riscos técnicos
  • Melhoria na comunicação entre seniores e juniores

"O planning poker nos forçou a discutir aspectos técnicos que antes passavam despercebidos. Os juniores começaram a questionar e aprender, enquanto os seniores conseguiam identificar conhecimentos que estavam assumindo como óbvios." - CTO da empresa

Caso 2: Agência Digital - Comparação entre equipes

Uma agência com 3 times paralelos decidiu testar diferentes abordagens de estimativa por 1 ano:

Time A: Sem estimativas formais

  • Desenvolvimento orientado por 'feeling'
  • 47% dos projetos atrasaram
  • Cliente frequentemente insatisfeito com prazos
  • Dificuldade para priorizar features
  • Burnout frequente da equipe

Time B: Estimativas tradicionais em horas

  • 34% dos projetos atrasaram
  • Estimativas feitas apenas pelo líder técnico
  • Discussões técnicas superficiais
  • Desenvolvedores se sentiam pressionados
  • Foco excessivo em velocidade vs. qualidade

Time C: Planning poker com story points

  • Apenas 18% dos projetos atrasaram
  • Melhor alinhamento de expectativas com clientes
  • Discussões técnicas mais profundas
  • Maior satisfação da equipe (score 8.4/10)
  • Identificação precoce de complexidades

O Time C também reportou melhor qualidade do código e menos bugs em produção, atribuídos às discussões mais detalhadas durante o planning.

Caso 3: E-commerce Corporate - Resistência inicial

Um time de 20 desenvolvedores em uma grande empresa de e-commerce resistiu inicialmente ao planning poker, considerando 'perda de tempo'.

Principais objeções iniciais

  • "Já sabemos quanto tempo leva cada tipo de tarefa"
  • "Reuniões demais, código de menos"
  • "Story points são muito abstratos"
  • "O PM já define as prioridades mesmo"

Estratégia de implementação gradual

  1. Começaram com apenas 30% do backlog
  2. Sessões curtas de 45 minutos
  3. Foco em histórias mais complexas inicialmente
  4. Comparação direta com estimativas anteriores

Resultados após 3 meses

  • Descoberta de 23 dependências técnicas não mapeadas
  • Redução de 40% em bugs relacionados a integrações
  • Melhor distribuição de conhecimento técnico
  • Aumento de 25% na velocidade real de entrega
  • Time passou a defender o processo ativamente

"No início pensávamos que era burocracia, mas percebemos que estávamos 'codificando no escuro'. O planning poker acendeu as luzes." - Desenvolvedor Senior

Caso 4: Produto B2B - Falha na implementação

Nem todos os casos são de sucesso. Uma empresa de software B2B tentou implementar planning poker mas falhou. Analisamos os motivos:

Erros na implementação

  • Sessões muito longas (3+ horas)
  • Histórias mal preparadas e sem critérios claros
  • Falta de treinamento sobre story points
  • Product Owner ausente ou mal preparado
  • Tentativa de usar para microgerenciamento

Consequências

  • Equipe ficou desmotivada
  • Planning poker virou sinônimo de 'reunião inútil'
  • Retorno ao modelo anterior com menos colaboração
  • Perda de confiança em práticas ágeis

Este caso ilustra a importância da implementação correta e do comprometimento da liderança com o processo.

Fatores críticos de sucesso

Analisando todos os casos, identificamos os fatores que mais impactam o sucesso:

Facilitação competente

  • Scrum Master ou facilitador treinado
  • Capacidade de gerenciar discussões e conflitos
  • Conhecimento sobre quando parar uma discussão
  • Habilidade para manter o time focado

Preparação adequada

  • Histórias com critérios de aceitação claros
  • Product Owner presente e preparado
  • Análise técnica prévia quando necessário
  • Definição de pronto bem estabelecida

Ferramentas adequadas

Times que usaram ferramentas dedicadas como o Pontim reportaram:

  • Menor fricção no processo
  • Melhor engajamento em sessões remotas
  • Histórico e relatórios automatizados
  • Sessões mais dinâmicas com recursos de áudio

Conclusões dos estudos de caso

Os dados coletados mostram que planning poker e story points, quando bem implementados, resultam em:

  • Melhoria média de 35-50% na precisão de estimativas
  • Redução significativa em atrasos de projeto
  • Maior engajamento e satisfação da equipe
  • Melhor qualidade técnica das entregas
  • Identificação precoce de riscos e dependências

No entanto, a implementação requer comprometimento, treinamento adequado e ferramentas que suportem o processo. O sucesso não é automático, mas os benefícios justificam o investimento inicial em tempo e treinamento.

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